sábado, 6 de outubro de 2012

Gente rica vai à forra em Guerra dos Sexos



                                                  Irene Ravache como a Clô, de 'Passione'
A mudança radical de cenário – do morro carioca para os jardins paulistanos – é o primeiro choque de Guerra dos Sexos, novela das 19h da Globo que estreou ontem. A elegância discreta das paulistanas da novela chega a ser uma ousadia nestes tempos de agrado explícito à nova classe C, que estrela sucessos como Cheias de Charme e Avenida Brasil tem disseminado a estética A Grande Família por toda a TV.
De volta ao horário que o consagrou, Silvio de Abreu fez um diálogo bem divertido entre a primeira e a nova versão da novela de 1983, com referências que desafiam os entendidos, além de citações de outras novelas e filmes.
Os personagens, pode-se dizer pelo primeiro capítulo, são interpretados com um pé na novela original. Irene Ravache, nossa Meryl Streep, imprime em Charlô o mesmo jeito prafrentex da personagem interpretada por Fernanda Montenegro, e Tony Ramos faz o novo Otávio com os trejeitos de Paulo Autran. É um recurso que serve bem ao argumento que, numa conspiração cósmica típica das chanchadas da Altântida, traz duas criaturas exatamente iguais aos protagonistas da primeira versão. Antes eram Bimbo e Cumbuca; agora são seus sobrinhos,  Bimbinho e Cumbuqueta – é tão maluco que só pode ser legal.
Nas redes sociais, os noveleiros, entre mais aplausos do que vaias, perguntavam se a discussão em torno da guerra entre homens e mulheres poderá render. Estampado de maneira bem didática pelas cenas do primeiro capítulo, o conceito da novela deve se diluir nos próximos dias – o principal da história não é eles contra elas, mas o time de Charlô contra o time de Otávio. É uma briga que tem tudo para ser boa.

fonte: Veja Abril Quanto DRAMA.

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